Tipos De Governança: Conheça Os Detalhes De Três Modalidades

Tipos de governança: conheça os detalhes de três modalidades

O termo, bem como o uso da governança, ganha cada vez mais uso e espaço, afinal, ela assegura uma boa relação e transparência entre os sócios, fortalecendo a estrutura interna da empresa, além de se firmar positivamente perante a sociedade e importantes causas.

Assegurar que os interesses dos administradores estejam alinhados é um item essencial para a sobrevivência das relações e negócios, independentemente do porte e setor da empresa.

Mas, o que é a governança?

O conceito de governança compreende todos os processos de governar, podendo ser aplicada nos processos políticos e entre instituições formais, além de também definir agendas normativas ou práticas.

Nos últimos anos, a governança converteu-se em verdadeiro mantra para designar uma espécie de solução definitiva dos problemas na gestão pública e para o sucesso das políticas governamentais e empresariais.

O termo ‘governança’ se iniciou apenas na década de 1990, quando foi renomeado por economistas e cientistas políticos e disseminado por instituições como a ONU, o FMI e o Banco Mundial.

Continue a leitura e conheça os detalhes de três tipos de governança: a governança corporativa, a governança pública e a governança social.

 

Quais os tipos de governança corporativa?

A governança corporativa surgia na década de 1990 como consequência do início da globalização dos mercados e da necessidade de padronização dos estilos de gestão por parte das empresas no mundo todo.

Englobando conjuntos de processos, costumes, políticas, leis e instituições que afetam a forma como as pessoas dirigem, administram ou controlam uma corporação, incluindo as relações entre os diversos atores envolvidos (as partes interessadas) e as metas corporativas, ela é baseada em princípios bem diretos, que estão ligados com boas práticas de gestão, ética e responsabilidade corporativa e cumprimento à legislação em vigor,

Nesse modelo de governança, os principais envolvidos são os acionistas, a administração e o conselho de administração, mas em outras partes, pode incluir funcionários, fornecedores, clientes, bancos e outros credores, reguladores, o meio ambiente e a comunidade em geral, que esteja interessada.

A seguir, conheça os cinco exemplos de governança corporativa!

Modelo anglo-saxão: gestores e acionistas atuam separadamente. Para funcionar, o modelo anglo-saxão depende da comunicação efetiva entre os acionistas (responsáveis pelas decisões importantes), a administração e o conselho. Principais players:

  • Gestão
  • Shareholders
  • Board

Modelo japonês: ao contrário do sistema anglo-saxão, no japonês os grandes acionistas estão no comando diário das operações. Por estarem imersos na realidade da empresa são eles acabam se tornando os grandes tomadores de decisão. Principais características:

  • Acionistas são também gestores;
  • Bancos detêm participações de longo prazo em companhias;
  • Conselho administrativo é composto por insiders, ou seja, gerentes executivos;
  • Alto nível de participação acionária de bancos e empresas afiliadas;
  • Estrutura legal – de políticas públicas e de política industrial – projetada para apoiar e promover o keiretsu.

Modelo alemão: os principais players deste modelo são os bancos alemães e, em menor escala, os acionistas corporativos. As principais características do modelo alemão de governança corporativa são:

  • Gestão compartilhada entre empresa e acionistas;
  • Gestão aberta para diversos interesses;
  • Maior influência do mercado financeiro;
  • Mercado de capitais não é tão forte quanto o sistema anglo-saxão.

Modelo latino-americano: não há divisão entre propriedade e capital. Nesse modelo, os interesses de gestão se sobrepõem aos dos stakeholders.

Modelo latino-europeu: há uma concentração de propriedade e as forças de controle são predominantemente internas, além de uma proteção menor para acionistas minoritários.

 

O que é a governança pública?

Complexo, o setor e as entidades do setor público não têm uma forma padrão de organização ou tamanho. Por possuírem essas especificidades que não são observadas na administração de empresas privadas, são aplicados diferentes modelos de governança em diferentes países e em diferentes setores.

No Brasil, o decreto nº 9.203, de 22 de novembro de 2017, trata a governança pública como um “conjunto de mecanismos de liderança, estratégia e controle postos em prática para avaliar, direcionar e monitorar a gestão, com vistas à condução de políticas públicas e à prestação de serviços de interesse da sociedade.

Esse exemplo de governança está baseada em três princípios consagrados, sendo os seguintes:

  •  Transparência: para garantir que as partes interessadas possam ter confiança na tomada de decisões e nas ações das entidades do setor público, na gestão de suas atividades e nos gestores. Ser transparente, através de consultas aos stakeholders e comunicação completa, precisa e clara, conduz a ações efetivas e tempestivas e suporta o necessário controle.
  • Integridade: honestidade e objetividade, dependente da eficácia da estrutura do controle e dos padrões de profissionalismo. Reflete-se tanto nos processos de tomada de decisão da entidade como na qualidade de seus relatórios financeiros e de desempenho.
  • Accountability: é o processo através do qual as entidades e os gestores públicos são responsabilizados pelas próprias decisões e ações, incluindo o trato com os recursos públicos e todos os aspectos de desempenho, e submetem-se ao exame minucioso de um controle externo, representando a obrigação de responder a uma responsabilidade conferida.

 

O que é governança social?

A governança social viabiliza a ação social e o desenvolvimento das demais instituições que compõem a sociedade, como o mercado e a sociedade civil. Ou seja, é a estrutura social existente numa determinada localidade, tendo sempre o Estado como coordenador desse processo.

Diferentemente da governança pública, ela está ligada às relações formadas entre as instituições do Estado, mercado e terceiro setor em uma determinada localidade, que se manifesta, especialmente, pelas interrelações estabelecidas entre elas e pela complementaridade de suas ações.

Buscando o desenvolvimento econômico e social, utiliza dos meios, instrumentos e recursos disponíveis em um dado contexto social, para realizar o desenvolvimento com o uso dos serviços sociais demandados por uma determinada população.

Em resumo, a governança é a forma como as regras, normas e ações são estruturadas, sustentadas, reguladas e responsabilizadas. Impulsionada por muitas motivações diferentes e com muitos resultados diferentes, o grau de formalidade depende das regras internas da organização, seja ela pública ou privada.

 

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